segunda-feira, 16 de junho de 2014

BRASIL PERDE CORRIDA POR PRODUÇÃO GLOBAL DE CARRO ELÉTRICO, DIZ PRESIDENTE DE MONTADORA

Maior fabricante de baterias recarregáveis e de ônibus elétricos do mundo, a chinesa BYD planeja construir uma fábrica de veículos no Brasil. Apesar da recente retração nas vendas de automóveis, a empresa acredita que o menor custo de manutenção dos coletivos elétricos possa servir de estímulo para o comércio deste tipo de produto, que já roda em caráter experimental em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro. A meta é montar 1.000 unidades até o fim do próximo ano, atingindo cerca de 3% de participação. "Depois entraremos com a produção de carros elétricos de passeio com foco em frotistas", disse à Folha Stella K. Li, presidente global da BYD. A executiva, que negocia com algumas prefeituras do Estado de São Paulo o local da fábrica, reclama da falta de incentivo do governo federal para os veículos elétricos, que não emitem poluentes e têm a maior carga de IPI (Imposto sobre produtos Industrializados), de 25%, ante 3% dos modelos 1.0. A própria Anfavea (associação das montadoras) já enviou para o governo uma proposta para incluir esse novo segmento no programa de estímulo à indústria automotiva, o Inovar-Auto. Mas a crise no abastecimento de energia elétrica vem atrapalhando as negociações. "Se o Brasil não estabelecer logo uma política para o comércio e o desenvolvimento dos carros elétricos, vai perder a oportunidade de ser um produtor global desta tecnologia promissora", completa a presidente da BYD.

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