Maior fabricante de baterias recarregáveis e de ônibus
elétricos do mundo, a chinesa BYD planeja construir uma fábrica de veículos no
Brasil. Apesar da recente retração nas vendas de automóveis, a
empresa acredita que o menor custo de manutenção dos coletivos elétricos possa
servir de estímulo para o comércio deste tipo de produto, que já roda em
caráter experimental em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro. A meta é montar 1.000 unidades até o fim do próximo
ano, atingindo cerca de 3% de participação. "Depois entraremos com a produção de carros
elétricos de passeio com foco em frotistas", disse à Folha Stella K. Li,
presidente global da BYD. A
executiva, que negocia com algumas prefeituras do Estado de São Paulo o local
da fábrica, reclama da falta de incentivo do governo federal para os veículos
elétricos, que não emitem poluentes e têm a maior carga de IPI (Imposto sobre
produtos Industrializados), de 25%, ante 3% dos modelos 1.0. A própria Anfavea (associação das montadoras) já
enviou para o governo uma proposta para incluir esse novo segmento no programa
de estímulo à indústria automotiva, o Inovar-Auto. Mas a crise no abastecimento de energia elétrica vem
atrapalhando as negociações. "Se
o Brasil não estabelecer logo uma política para o comércio e o desenvolvimento
dos carros elétricos, vai perder a oportunidade de ser um produtor global desta
tecnologia promissora", completa a presidente da BYD.
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