Goiânia/GO
– A Polícia Federal deflagrou nesta manhã (16/09) a Operação CAVERNA DE PLATÃO com o objetivo de desmantelar
duas organizações criminosas que estariam atuando em fraudes contra o INSS e
fraudes contra Sistema Financeiro Nacional. Cerca de 110 policiais federais
estão cumprindo, em três Estados da Federação, 11 Mandados de Prisão (entre
preventivas e temporárias), 05 Mandados de Condução Coercitiva, 18 Mandados de
Busca e Apreensão, além de Sequestros, Arrestos e Penhoras, somado ao
afastamento cautelar de servidores públicos, todos expedidos pela 11º Vara
Federal da Seção Judiciária do Estado de Goiás. As diligências ocorrerão nas
cidades de Abadiânia, Anápolis, Caldas Novas, Goianápolis, Marzagão, Nerópolis
e Trindade, todas de Goiás, e ainda Brasília/DF e Arapoema/TO. As
investigações tiveram início há cerca de um ano, pela DELEPREV/SR/DPF/GO, e
objetivava inicialmente apurar o desvio mensal e contínuo de valores da
Previdência Social através da concessão irregular de benefícios de Amparo Social
ao Idoso (LOAS). Durante as investigações restou apurado que a partir das 1.197
certidões de nascimento tardias e falsas, expedidas e vendidas por um cartório
extrajudicial localizado no estado de Goiás, foram requeridos em todo
território nacional cerca de 530 benefícios LOAS, dentre os quais, encontram-se
ativos 201 benefícios em Goiás e 369 benefícios em todo o país, o que equivale
ao prejuízo atual para os cofres da Previdência Social de cerca de 7,5 milhões
de reais, atualizados até agosto 2014. O prosseguimento das investigações
também possibilitou identificação de outro grupo organizado que, com a
participação do Cartório Extrajudicial citado, atuava em sucessivas fraudes
bancárias. Ação da PF impediu o
prejuízo de quatorze milhões de reais aos cofres públicos decorrente de uma das
várias fraudes bancárias praticadas pelo grupo investigado. O nome da operação foi
escolhido em razão de que a investigação demonstrou serem os beneficiários
fictícios (visão distorcida da realidade), sendo a única coisa verdadeira a
fotografia usada no processo, pois todas as outras informações eram falsas. Assim,
enquanto na alegoria da Caverna (Caverna de Plantão) as pessoas que
viviam em seu interior tinham uma falsa impressão de que as sombras constituíam
pessoas, denotando uma imagem distorcida e confusa quanto à realidade. Os integrantes
da quadrilha utilizam-se de falsas informações para imprimirem aos órgãos
públicos uma informação falsa de que seus comparsas seriam beneficiários reais
da Previdência Social, quando na realidade tratavam-se de membros de uma
organização criminosa – Ascom.
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