O
homem fez-se agricultor para garantir a produção regular de alimentos e, sem
dúvida, os primeiros agricultores já conheceram, sofreram e lutaram contra as
adversidades naturais de seus cultivos, de forma que se estabeleceu uma
inevitável batalha que chegou até os dias atuais. A proteção das lavouras é
inerente à própria agricultura, criação humana que nasceu para satisfazer
muitas de nossas necessidades de maneira estável. A agricultura precisa
proporcionar alimentos e também produtos de uso comercial e industrial, mas,
sobretudo no primeiro caso, em quantidade e com a qualidade adequada. Ademais,
o agricultor necessita obter um proveito econômico de seu trabalho e o
consumidor deseja preços justos. Nada disso seria possível sem uma proteção
contínua das lavouras, dentro do qual o emprego dos produtos fitossanitários
ocupa um papel muito importante. Esse processo vem sendo questionado por
diversos setores da sociedade, o que faz necessário justificar seu uso de
diversos pontos de vista. Grande parte das objeções tem sua origem na falta de
informação. No entanto, não há dúvidas que qualquer fator ligado ao aumento da
qualidade de vida é legítimo e importante. Ao analisar esse problema, convém
destacar que parte da população passa fome e parte está subalimentada. Não há
dúvida que o problema está ligado a má distribuição de alimentos, mas também a
sua disponibilidade. Em termos econômicos empresariais, a maior produtividade
equivale ao maior benefício, que nem sempre é obtido com a maior produção. A
otimização do benefício na agricultura empresarial não exige usar
indiscriminadamente os produtos fitossanitários, senão, ao contrário, de forma
controlada. Grande parte da responsabilidade de se conseguir eficácia nos
tratamentos fitossanitários, com mínimo risco ao operador, ao consumidor e ao
ambiente, corresponde às máquinas de aplicação. Na maioria das vezes, dá-se
muita importância ao produto a ser aplicado e pouca atenção à técnica de
aplicação. No entanto, além de se conhecer o produto, também é necessário dominar
a forma adequada de aplicação, de modo a garantir que o produto alcance o alvo
de forma eficiente, minimizando-se as perdas. Neste contexto, uma importante
ação iniciada em 2014 foi o CAS (Certificação Aeroagrícola Sustentável). O CAS
é um programa de certificação realizado pela Fundação de Estudos e Pesquisas
Agrícolas e Florestais (FEPAF), em parceria com a ANDEF (Associação Nacional de
Defesa Vegetal), tendo como entidades coordenadoras três universidades: UNESP,
UFLA e UFU. O objetivo é incentivar a capacitação e a qualificação das empresas
de aviação agrícola e de operadores aeroagrícolas privados. Trinta empresas já
estão certificadas no nível I. Sem dúvida este novo cenário contribuirá para o
avanço do setor, uma vez que o programa intensifica os cuidados com a aplicação
aérea, diminuindo riscos de acidentes e danos ao ambiente e também
proporcionando mais capacitação e incentivo a tecnologia no campo – Ascom.
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