O dito popular ensina que é melhor prevenir do que remediar. E a vacina, instituída no Brasil em 1804, segue como excelente forma de prevenção de doenças, sem parar de evoluir, para se manter efetiva. Neste momento, o Ministério da Saúde se prepara para ajudar na erradicação mundial da poliomielite, conhecida como paralisia infantil, com a ampliação do Calendário Básico de Vacinação da Criança. No segundo semestre, duas novas vacinas serão introduzidas no País, com investimento de R$ 151 milhões. A primeira é a vacina inativada contra poliomielite (VIP), uma dose injetável feita com vírus inativado, que só será aplicada nas crianças que estão iniciando o calendário de vacinação, ou seja, nos recém-nascidos. A outra vacina que começará a ser oferecida daqui a alguns meses é a pentavalente, que reúne em uma só dose a proteção contra cinco doenças (difteria, tétano, coqueluche, haemophilus influenzae tipo B e hepatite B). Antes, para estar protegido de todas elas, eram necessárias duas vacinas. “O que muda é que passarão a ser aplicadas menos picadas. Isso vai facilitar a distribuição para o Brasil inteiro e garantirá uma economia, já que vão ser gastos menos seringas, agulhas, geladeiras e tudo o que é necessário para a vacinação. Além disso, vai facilitar a adesão e combater várias doenças com uma aplicação. Faz tudo de uma vez e consegue diminuir e melhorar a logística do programa nacional de vacinação”, explica o médico Ralcyon Teixeira, infectologista do Instituto Emílio Ribas, de São Paulo. Segundo o Ministério da Saúde, com a implantação da pentavalente haverá uma economia de R$ 700 mil ao ano. Mas a ideia é diminuir ainda mais esse custo e, em 4 anos, a pentavalente deverá ser substituída pela heptavalente, com a inclusão da vacina inativada contra poliomielite e meningite C. A intenção do Governo é criar nos próximos anos a Campanha Nacional de Multivacinação. Disponíveis o ano todo - A eficiência do programa nacional de vacinação depende muito dos usuários, que devem aderir às campanhas para evitar a contaminação. No entanto, as vacinas estão disponíveis durante todo o ano, nos postos de saúde, para a vacinação de rotina ou para recuperar doses perdidas. “É um meio artificial eficiente de prevenção de doenças infecciosas, que podem ser fatais. Além disso, como a vacina vai diminuir a presença de doenças circulantes, se todos se protegerem o risco de epidemias será bem menor”, alerta Teixeira. Caso haja qualquer dúvida em relação às vacinas tomadas, o especialista orienta procurar a unidade de saúde mais próxima, um infectologista, um clínico geral ou um pediatra para atualizar a carteira de vacinação e não correr o risco de desenvolver alguma doença. Teixeira ainda alerta que algumas doses precisam ser renovadas para garantir a imunidade. Adultos também precisam tomar - Normalmente bebês e crianças estão com a carteira de vacinação em dia em razão do controle feito por pais e médicos. No entanto, na adolescência já é comum perder o hábito de checar as vacinas, o que só piora na fase adulta. Por exemplo, a dose de hepatite B, disponível gratuitamente nos postos de saúde, precisa ser tomada até os 29 anos e evita câncer no fígado. “Os adultos esquecem tudo, principalmente os homens, que não têm o hábito de fazer prevenção ou check-up. Existem vacinas previstas para a idade adulta. A do tétano, por exemplo, precisa ser tomada a cada 10 anos. Em caso de viagem, também pode ser necessário tomar algumas, como a da febre amarela. É bom avaliar e, mesmo se a carteirinha for perdida, é melhor pecar por excesso”, defende Ralcyon Teixeira, infectologista do Instituto Emílio Ribas, de São Paulo, que reforçou ser mito qualquer risco em relação à vacina da gripe, que chegou a afastar alguns adultos dos postos. – Folha Universal.
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