O inquérito policial instaurado pela Delegacia
Especializada do Consumidor (Decon) para apurar o caso da decoradora de
eventos, que sumiu deixando de prestar serviços a vários clientes na Capital,
foi concluído na segunda-feira (04.05), pela delegada Ana Cristina
Feldner. A delegada também pediu a prisão preventiva da acusada Emanuely de Souza
Félix Lucena e do seu marido Rafael Lucena Gauna de Almeida, ambos indiciados
pelos crimes de estelionato e propaganda enganosa. Entre os documentos
produzidos durante as investigações estão 54 boletins de ocorrência e
depoimento de 48 vítimas, que foram unânimes em afirmar que tinham contrato com
a acusada. Segundo as informações reunidas, Emanuely recebeu pelo
menos parte dos valores cobrados pelos serviços e não cumpriu os contratos, sem
dar qualquer explicação para as clientes, deixando a cidade no dia 20 de março.
Várias noivas contaram que Emanuely fazia as negociações em parceria com o
marido, tendo ele figurado como testemunha em contratos. Os fatos narrados
pelas vítimas aconteceram semanas antes, da acusada e o seu marido deixarem a
cidade, o que leva ao entendimento que o casal tinha a intenção de levantar
recurso financeiro a custa das vítimas para deixarem a cidade. Além de clientes
da sua empresa, a decoradora fez outras vítimas como locadores de imóveis,
funcionários e fornecedores. O proprietário de um imóvel locado pela acusada,
nunca recebeu os valores contratados. Uma busca e apreensão realizada por
oficiais de justiça com apoio da Polícia Militar resultou na apreensão de
diversos objetos e produtos da suspeita, que estavam dentro do imóvel alugado. Um
caminhão avaliado em R$ 80 mil, financiado por Rafael, marido de Emanuely,
também foi apreendido durante as investigações. De acordo com a delegada, Ana
Cristina Feldner, em interrogatório, a acusada afirmou que a sua dívida é de
aproximadamente de R$ 800 mil e que não sabia declarar o valor exato dos
credores. Segundo Emanuely, ela tentou fazer um empréstimo, no qual colocou a
casa onde mora como garantia, mas por estar em nome da sua sogra, não foi
concluído. “Ela alegou que ao saber da negativa do empréstimo entrou em
desespero e ficou com medo por sua integridade física, pois não conseguiria
cumprir os contratos, indo procurar ajuda psicológica com a sua família na
cidade de Riberão Preto, Estado de São Paulo”, disse a delegada. A prisão
preventiva dos indiciados foi representada pela delegada Ana Cristina Feldner
com a finalidade de restabelecer a ordem pública e econômica, considerando o
fato de terem feito mais de 50 vítimas. “É preciso seriedade e responsabilidade
quando se abre um negócio, ainda mais quando se trabalha com sonhos de pessoas.
O mundo empresarial visa a preservação de boas relações de consumo, não cabendo
aventuras. O poder público deve cuidar para que esses feitos não ocorram, pois
os malefícios a sociedade é enorme”, concluiu a delegada.
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