quarta-feira, 7 de novembro de 2012

AJUDA FEDERAL PARA CONTER A ONDA DE VIOLÊNCIA EM SÃO PAULO


Para combater a onda de violência que assola o Estado de São Paulo acaba de ser anunciado um pacote de medidas integradas de segurança pública a ser desenvolvido pelo Governo Federal e pelo Governo do Estado de São Paulo. Será criada uma agência de atuação integrada entre as inteligências federal e estadual, feita a transferência de presos, realizadas ações de contenção nos pontos críticos de acesso ao estado (rodovias, portos e aeroportos) e para o combate ao crack, com a possibilidade de instalar equipamentos de videomonitoramento, além de formar núcleos especializados de perícia criminal. As medidas foram anunciadas pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e pelo governador Geraldo Alckmin após reunião realizada no Palácio dos Bandeirantes na tarde desta terça-feira (6/11), no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista. Durante o encontro, foi descartado o envio de tropas da Força Nacional de Segurança Pública para atuar em São Paulo. O argumento é de que o estado possui contingente numeroso, com pelo menos de 100 mil homens da Polícia Militar e outros 30 mil da Polícia Civil. O Governo Federal ofereceu a São Paulo ajuda na área de inteligência de segurança, com apoio da Receita Federal e da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), com especial atenção aos recursos financeiros das organizações criminosas, por meio da asfixia de suas fontes, com a ação da Receita Federal, Ministério Público e Poder Judiciário. “Os relatórios de inteligência nos permitirão asfixiar o financeiro das organizações criminosas que atuam no estado. Juntos Governos Federal e Estadual são muito mais fortes que o crime organizado”, disse o ministro da Justiça. Com relação à transferência de presos, o ministro Cardozo confirmou que serão realizadas, mas que não serão informados os nomes dos detentos ou as datas dos deslocamentos por questão de segurança. O governo federal disponibilizou vagas em presídios federais para abrigar líderes de organizações criminosas que, de dentro de presídios estaduais, estejam no comando de ações do crime organizado. Esse trabalho em conjunto tem o objetivo de elaborar uma matriz recíproca de responsabilidades. O governador Geraldo Alckmin destacou que o encontro alcançou os objetivos. Foi uma reunião proveitosa, bastante objetiva, já com metas e datas para avançarmos nos trabalhos", comentou. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, estava acompanhado pela secretária Nacional de Segurança Pública, Regina Miki; pelo diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello; pela diretora-geral da Polícia Rodoviária Federal, Maria Alice Nascimento; pelo diretor do Sistema Penitenciário Federal, Arcelino Damasceno, e pelo diretor do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), Augusto Rossini. Agência integrada de segurança – A primeira reunião da agência de atuação integrada entre as inteligências federal e estadual será realizada na próxima segunda-feira, 12/11. A agência será composta por representantes federais – polícias Federal e Rodoviária Federal; Departamento Penitenciário Nacional, do Ministério da Justiça (Depen/MJ), e Receita Federal – e estaduais – polícias Técnico-Científica, Militar e Civil; secretarias de Segurança Pública, de Administração Penitenciária e da Fazenda; e Ministério Público Estadual. A proposta do governo federal para auxiliar o estado é similar ao que já vem sendo colocado em prática em outros estados brasileiros, como o Rio de Janeiro e Alagoas, com a implementação do Programa Brasil Mais Seguro, com drástica redução nos índices de criminalidade. Nesses estados, houve a elaboração de um plano conjunto de ações voltadas ao enfrentamento ao crime organizado e da criminalidade violenta e os resultados têm sido expressivos, com a redução, no caso de Alagoas, de mais 10% nos crimes violentos. – Fonte: Ascom

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