Para
combater a onda de violência que assola o Estado de São Paulo acaba de ser
anunciado um pacote de medidas integradas de segurança pública a ser
desenvolvido pelo Governo Federal e pelo Governo do Estado de São Paulo. Será
criada uma agência de atuação integrada entre as inteligências federal e
estadual, feita a transferência de presos, realizadas ações de contenção nos
pontos críticos de acesso ao estado (rodovias, portos e aeroportos) e para o
combate ao crack, com a possibilidade de instalar equipamentos de
videomonitoramento, além de formar núcleos especializados de perícia criminal. As
medidas foram anunciadas pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e pelo
governador Geraldo Alckmin após reunião realizada no Palácio dos Bandeirantes
na tarde desta terça-feira (6/11), no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo
paulista. Durante o encontro, foi descartado o envio de tropas da Força
Nacional de Segurança Pública para atuar em São Paulo. O argumento é de que o
estado possui contingente numeroso, com pelo menos de 100 mil homens da Polícia
Militar e outros 30 mil da Polícia Civil. O Governo Federal ofereceu a São
Paulo ajuda na área de inteligência de segurança, com apoio da Receita Federal
e da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), com especial atenção aos
recursos financeiros das organizações criminosas, por meio da asfixia de suas
fontes, com a ação da Receita Federal, Ministério Público e Poder Judiciário. “Os
relatórios de inteligência nos permitirão asfixiar o financeiro das organizações
criminosas que atuam no estado. Juntos Governos Federal e Estadual são muito
mais fortes que o crime organizado”, disse o ministro da Justiça. Com relação à
transferência de presos, o ministro Cardozo confirmou que serão realizadas, mas
que não serão informados os nomes dos detentos ou as datas dos deslocamentos
por questão de segurança. O governo federal disponibilizou vagas em presídios
federais para abrigar líderes de organizações criminosas que, de dentro de
presídios estaduais, estejam no comando de ações do crime organizado. Esse
trabalho em conjunto tem o objetivo de elaborar uma matriz recíproca de
responsabilidades. O governador Geraldo Alckmin destacou que o encontro
alcançou os objetivos. Foi uma reunião proveitosa, bastante objetiva, já com
metas e datas para avançarmos nos trabalhos", comentou. O ministro da
Justiça, José Eduardo Cardozo, estava acompanhado pela secretária Nacional de
Segurança Pública, Regina Miki; pelo diretor-geral da Polícia Federal, Leandro
Daiello; pela diretora-geral da Polícia Rodoviária Federal, Maria Alice
Nascimento; pelo diretor do Sistema Penitenciário Federal, Arcelino Damasceno,
e pelo diretor do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), Augusto Rossini.
Agência integrada de segurança – A primeira reunião da agência de atuação
integrada entre as inteligências federal e estadual será realizada na próxima
segunda-feira, 12/11. A agência será composta por representantes federais –
polícias Federal e Rodoviária Federal; Departamento Penitenciário Nacional, do
Ministério da Justiça (Depen/MJ), e Receita Federal – e estaduais – polícias
Técnico-Científica, Militar e Civil; secretarias de Segurança Pública, de
Administração Penitenciária e da Fazenda; e Ministério Público Estadual. A
proposta do governo federal para auxiliar o estado é similar ao que já vem
sendo colocado em prática em outros estados brasileiros, como o Rio de Janeiro
e Alagoas, com a implementação do Programa Brasil Mais Seguro, com drástica
redução nos índices de criminalidade. Nesses estados, houve a elaboração de um
plano conjunto de ações voltadas ao enfrentamento ao crime organizado e da
criminalidade violenta e os resultados têm sido expressivos, com a redução, no
caso de Alagoas, de mais 10% nos crimes violentos. – Fonte: Ascom
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