sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

CENTRO DE ZOONOSES ALERTA SOBRE O COMBATE AO CARAMUJO AFRICANO



Com a intensificação do período chuvoso, o Centro de Controle de Zoonoses orienta moradores sobre necessidade de combater o caramujo africano, uma praga que afeta plantações e pode transmitir doenças. O molusco se desenvolve durante todo ano, mas aparece mais no verão, devido às altas temperaturas. Ele costuma se desenvolver em locais como terrenos baldios, hortas, plantações e áreas em que existe entulho. Quando alguém encontrar um caramujo africano em seu terreno deve recolher, sempre protegendo as mãos com uma luva descartável ou um saco plástico. Deve colocá-lo em uma sacola ou recipiente e levá-lo até um posto de coleta ou Centro de Controle de Zoonoses. O caramujo africano hospeda um verme que, se transmitido, pode causar, doença que paralisa o sistema nervoso central com extrema gravidade. O verme também pode se alojar nos olhos, causando desde distúrbios visuais até a cegueira, ou pode se alojar no intestino, causando o comprometimento dos órgãos abdominais. A contaminação acontece pela ingestão de alimentos que tiveram contato com o caramujo e foram mal lavados, ou pelo contato direto com o molusco. De acordo com a coordenadora do Centro de Controle de Zoonoses Camila de Castro Veiga, o combate a caramujo se torna difícil porque ele possui uma significativa resistência à seca e ao frio. Trata-se de um molusco, terrestre, que, quando adulto, atinge 15 centímetros de comprimento e 8 centímetros de largura, com mais de 200 gramas de peso. “A cada dois meses, um caramujo põe 200 ovos, esses 200 ovos da eclosão até a fase adulta duram apenas 5 meses, neste período cada um vai gerar mais 200 animais, então reprodução é muito grande, além disso ele não faz uma seletiva de alimentos,  ou seja, se não tiver planta ele come plástico, se não tiver plástico ele vai comer qualquer outra coisa”, explica. Camila informa que a Prefeitura vai colocar latões em pontos estratégicos da cidade, que servirão de depósito para os caramujos africanos. “Pedimos a colaboração da comunidade para manter o recolhimento destes moluscos em suas residências. Se tiver cal em casa, pedimos para as pessoas recolherem os caramujos com auxílio de uma sacola e joga cal dentro e depois depositem nos latões, que faremos a coleta semanalmente destes caramujos para incineração”, orienta. A veterinária Camila Castro destaca que é de responsabilidade dos moradores fazerem a coleta dos caramujos em suas residências. “Caso os moluscos estejam em um terreno baldio, se a pessoa não tiver contato com o proprietário do terreno, ela deve entrar em contato com o Centro de Controle de Zoonoses através do telefone 3423-2620, que vamos tentar localizar o dono do imóvel, para combater o caramujo nestes locais”, garante. - DICAS IMPORTANTES: - Ao coletar o molusco, o morador deve se certificar que se trata de um caramujo africano. - Os moluscos devem ser coletados sempre com uma proteção nas mãos, como luvas descartáveis ou sacolas plásticas. - Não se deve usar veneno, sal ou outras substâncias que podem contaminar o ambiente e não afetam o molusco. - O excesso de plantas, mato e entulho no quintal serve de criadouro para o caramujo. - Frutas, verduras e legumes devem ser bem lavados. Devem ser deixados ao menos 10 minutos de molho em solução sanitária ou hipoclorito de sódio (uma colher de chá para cada litro de água). Após, lavar bem antes de consumir.




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