Com a
intensificação do período chuvoso, o Centro de Controle de Zoonoses orienta
moradores sobre necessidade de combater o caramujo africano, uma praga que
afeta plantações e pode transmitir doenças. O molusco se desenvolve durante
todo ano, mas aparece mais no verão, devido às altas temperaturas. Ele costuma
se desenvolver em locais como terrenos baldios, hortas, plantações e áreas em
que existe entulho. Quando alguém encontrar um caramujo africano em seu terreno
deve recolher, sempre protegendo as mãos com uma luva descartável ou um saco
plástico. Deve colocá-lo em uma sacola ou recipiente e levá-lo até um posto de coleta
ou Centro de Controle de Zoonoses. O
caramujo africano hospeda um verme que, se transmitido, pode causar, doença que
paralisa o sistema nervoso central com extrema gravidade. O verme também pode
se alojar nos olhos, causando desde distúrbios visuais até a cegueira, ou pode
se alojar no intestino, causando o comprometimento dos órgãos abdominais. A
contaminação acontece pela ingestão de alimentos que tiveram contato com o
caramujo e foram mal lavados, ou pelo contato direto com o molusco. De acordo com a coordenadora
do Centro de Controle de Zoonoses Camila de Castro Veiga, o combate a caramujo
se torna difícil porque ele possui uma significativa resistência à seca e ao
frio. Trata-se de um molusco, terrestre, que, quando adulto, atinge 15
centímetros de comprimento e 8 centímetros de largura, com mais de 200 gramas
de peso. “A cada dois meses, um caramujo põe 200 ovos, esses 200 ovos da
eclosão até a fase adulta duram apenas 5 meses, neste período cada um vai gerar
mais 200 animais, então reprodução é muito grande, além disso ele não faz uma
seletiva de alimentos, ou seja, se não
tiver planta ele come plástico, se não tiver plástico ele vai comer qualquer
outra coisa”, explica. Camila informa que a Prefeitura vai colocar latões em
pontos estratégicos da cidade, que servirão de depósito para os caramujos
africanos. “Pedimos a colaboração da comunidade para manter o recolhimento destes
moluscos em suas residências. Se tiver cal em casa, pedimos para as pessoas
recolherem os caramujos com auxílio de uma sacola e joga cal dentro e depois
depositem nos latões, que faremos a coleta semanalmente destes caramujos para
incineração”, orienta. A veterinária Camila Castro destaca que é de
responsabilidade dos moradores fazerem a coleta dos caramujos em suas residências.
“Caso os moluscos estejam em um terreno baldio, se a pessoa não tiver contato
com o proprietário do terreno, ela deve entrar em contato com o Centro de
Controle de Zoonoses através do telefone 3423-2620, que vamos tentar localizar
o dono do imóvel, para combater o caramujo nestes locais”, garante. - DICAS
IMPORTANTES: - Ao coletar o molusco, o morador deve se certificar que se trata
de um caramujo africano. - Os moluscos devem ser coletados sempre com uma
proteção nas mãos, como luvas descartáveis ou sacolas plásticas. - Não se deve
usar veneno, sal ou outras substâncias que podem contaminar o ambiente e não afetam
o molusco. - O excesso de plantas, mato e entulho no quintal serve de criadouro
para o caramujo. - Frutas, verduras e legumes devem ser bem lavados. Devem ser
deixados ao menos 10 minutos de molho em solução sanitária ou hipoclorito de
sódio (uma colher de chá para cada litro de água). Após, lavar bem antes de
consumir.
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