A presidenta Dilma Rousseff vistoriou, nesta quinta-feira (15), as obras da Ferrovia Norte-Sul, em Anápolis (GO) e Goianira (GO), com o objetivo de acompanhar de perto a evolução dos trabalhos de execução dos projetos incluídos no PAC – Programa de Aceleração do Crescimento, em seu 2º Ciclo – o PAC 2. Os primeiros canteiros de obras a receber a comitiva presidencial estão instalados no trecho de 855 quilômetros, entre Palmas (TO) e Anápolis (GO), a ser concluído até julho deste ano, sob execução da Valec - Engenharia, Construções e Ferrovias S.A. – empresa pública vinculada ao Ministério dos Transportes. Essa nova fase de mobilização junto aos principais projetos do PAC 2, foi iniciada com a visita da presidenta Dilma Rousseff, aos canteiros de obras da Ferrovia Nova Transnordestina e da construção dos canais de Integração do Rio São Francisco, no início de fevereiro, onde se reuniu, também em estados do Nordeste, com os executores desses empreendimentos. A presidenta determinou que essas vistorias sejam sistemáticas, cobrindo todo o País, como parte do trabalho de aperfeiçoamento do monitoramento das ações do PAC 2: “Essas reuniões servem para fazer uma avaliação do estágio da obra com todos os empresários responsáveis. É uma visita de trabalho que serve para avaliar o que falta, o que pode ser solucionado”, afirmou.
Em Anápolis, a presidenta, acompanhada pelo ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, e da Diretoria da Valec, além de outras autoridades, visitou os túneis 1 e 2, construídos no perímetro urbano daquela cidade, podendo observar, inclusive, as obras de rebaixamento do lençol freático que estão sendo realizadas no túnel 2.
De Anápolis, a comitiva partiu em sobrevoo de helicóptero sobre o trecho da Norte-Sul até Goianira, cidade contemplada com a construção da Extensão Sul, que vai de Ouro Verde (GO) a Estrela do Oeste (SP), num trecho de 680 quilômetros, cujas obras foram iniciadas em janeiro de 2011 e já contam com mais de 23 % das obras do projeto realizadas. “Pretendemos estar com ela funcionando, ou seja, com locomotiva e com vagão, transportando carga ainda no meu governo. Além disso, vamos deixar o projeto para que a ferrovia chegue até o Porto de Rio Grande, no Rio Grande do Sul (RS)”, concluiu a presidenta. Histórico e evolução da Norte-Sul
O traçado inicial da Ferrovia Norte-Sul previa a construção de 1.574 quilômetros de trilhos, cortando os estados do Maranhão, Tocantins e Goiás, interligando Açailândia (MA) e Anápolis (GO). Com a Lei nº 11.297, de 09 de maio de 2006, da Presidência da República, que incorporou o trecho Açailândia-Belém ao traçado inicialmente projetado, e com a Lei ¿ 1.772, de 17 de setembro de 2008, que estendeu o traçado até a cidade paulista de Panorama, a Ferrovia Norte-Sul terá, quando concluída, 2.760 quilômetros de extensão. A Ferrovia Norte-Sul foi projetada para promover a integração nacional, minimizando custos de transporte de longa distância e interligando as regiões Norte e Nordeste às Sul e Sudeste, através das suas conexões com 5 mil quilômetros de ferrovias privadas. O projeto está sendo implantado pela VALEC- Engenharia, Construções e Ferrovias S.A, empresa pública do Ministério dos Transportes, que detém a concessão para construção e operação da ferrovia. O trecho ferroviário ligando as cidades maranhenses de Estreito e Açailândia já está concluído e em operação comercial desde 1996. Esses 215 quilômetros de linha ferroviária se conectam à Estrada de Ferro Carajás, permitindo o acesso ao Porto de Itaqui, em São Luís. No Estado do Tocantins, foi concluído, em 2007, o trecho Aguiarnópolis-Araguaína, num total de 153 Km. Nesse trecho foram gastos R$ 427.890 mil. O trecho seguinte, de mais 100 km, entre o Pátio Multimodal de Araguaina e o de Colinas do Tocantins, foi concluído e inaugurado em dezembro de 2008. O investimento foi na ordem de $r 300 milhões No trecho Colinas-Palmas, de cerca de 256 quilômetros, as obras também já foram concluídas e inauguradas em setembro de 2010. Para o trecho que vai de Araguaína até Palmas, num total de 358 Km, foram necessários recursos na ordem de R$ 1.250 milhões. Todo o trecho entre Açailândia e o Pátio de Palmas/Porto Nacional(TO), de 719 km, já está em operação comercial pela Vale do Rio Doce, que detém o direito de exploração comercial desse trecho da Norte-Sul. O trecho seguinte entre Palmas (TO) e Anápolis (GO), de 855 km, está todo em obra, com mais de 95% das obras já realizadas até o final de 2011, e deve estar concluído até meados de 2012. O investimento é da ordem de R$ 2,92 bilhões. A extensão da Ferrovia Norte-Sul de Açailândia (MA) até Belém (PA) fez com que a Valec iniciasse também pré-estudos de traçado, visando à elaboração dos estudos ambientais desse trecho. O mesmo ocorre com relação à Extensão Sul da FNS, que, partindo de Ouro Verde (GO), vai até a cidade paulista de Panorama, em mais 850 quilômetros. As obras para o trecho que vai de Ouro Verde até Estrela D′Oeste (SP), de 680 km, foram iniciadas em janeiro de 2011 e, em dezembro já contavam com cerca de 18 % do total das obras realizado, devendo consumir cerca de R$ 2,7 bilhões até a sua conclusão em meados de 2014.
Extensão Sul da Ferrovia Norte-Sul
Ouro Verde (GO) – Panorama (SP) = 850 km
Trecho Ouro Verde (GO) – Estrela D'Oeste (SP) = 680 km
Início das obras = Janeiro de 2011
Conclusão = junho de 2014
Custo previsto = R$ 2,7 bilhões.
Trecho em Goiás = 494 km
Municípios localizados na área de influência: Acreúna, Brazabrantes, Cachoeira Alta, Campo Limpo de Goiás, Campestre de Goiás, Damolândia, Edéia, Goianira, Indiara, Jandaia, Nerópolis, Nova Veneza, Ouro Verde de Goiás, Palmeiras de Goiás, Paranaiguara, Quirinópolis, Rio Verde, Santa Bárbara de Goiás, Santa Helena, Santo Antônio de Goiás, São Simão, Trindade e Turvelândia.
Trecho em Minas Gerais = 105,7 km
Municípios localizados na área de influência: Carneirinho, Iturama, Limeira do Oeste, Santa Vitória e União de Minas.
Trecho em São Paulo = 66,2 km
Municípios localizados na área de influência: Dolcinópolis, Estrela D'Oeste, Fernandópolis, Guarani d'Oeste, Jales, Ouroeste, Populina, Turmalina e Vitória Brasil.