terça-feira, 23 de agosto de 2011

PESQUISA DATA FOLHA MOSTRA QUE A MAIORIA DOS PAULISTANO É A FAVOR DA CONSTRUÇÃO DO ESTÁDIO ITAQUERÃO, MAS SEM DINHEIRO PÚBLICO.


Construção da nova arena é conhecida por 91% dos moradores de São Paulo. O que pensam os moradores da cidade de São Paulo sobre a construção do estádio do Corinthians em Itaquera, na zona leste, foi o tema de pesquisa do Instituto Datafolha realizada entre os dias 4 e 5 de agosto de 2011 na capital paulista. Para o levantamento, foram entrevistadas 624 pessoas nas regiões sul (34%), leste (33%), norte (20%) e oeste/centro (13%). Destes, 53% eram mulheres, e 47%, homens. Entre os entrevistados, 45% estudaram até o ensino médio, 37%, até o fundamental, e 19% têm curso superior. A maioria (69%) tem renda mensal familiar de até cinco salários mínimos, enquanto 16% ganham de cinco a dez salários mínimos, e 9%, mais do que esse valor. Os torcedores do Corinthians são em maior número (33%), seguidos por aqueles que se declaram são-paulinos (22%), palmeirenses (16%) e santistas (7%). O índice dos que declaram não torcer por nenhum time é de 15%.  A construção do estádio do Corinthians na zona leste de São Paulo, em Itaquera, é um assunto amplamente conhecido pelos paulistanos. Nove de cada dez (91%) moradores da capital tomaram conhecimento do assunto, sendo que metade (49%) tomou conhecimento e está mais ou menos informado e 17% tomaram conhecimento e estão bem informados. Uma fatia de 25% dos paulistanos, porém, tomou conhecimento da construção do estádio mas diz estar mal informada sobre o assunto, e 9% não tomaram conhecimento.  Proporcionalmente, mais homens (23%) do que mulheres (11%) dizem estar bem informados sobre a construção do estádio. O assunto também tem maior índice de bem informados entre os moradores da capital que tem entre 35 a 44 anos (24%) e 45 a 59 anos (22%) do que entre aqueles que têm de 16 a 24 anos (9%) ou de 25 a 34 anos (12%). O índice de mais ou menos informados é maior entre os mais jovens (56%) e entre os mais velhos, com mais de 60 anos (59%), do que entre os moradores que tem de 35 a 44 anos (43%) ou de 45 a 59 anos (36%) e dizem ter o mesmo grau de conhecimento sobre a construção do estádio. Considerando a escolaridade dos entrevistados, é maior o índice de total desconhecimento do assunto entre os paulistanos que estudaram até o ensino fundamental (13%) do que entre os que têm nível superior (3%) – para o nível médio, o índice fica em 7%.  Entre os habitantes da cidade de São Paulo que sabem que o estádio do Corinthians será construído, 91% dizem ter tomado conhecimento que esse local servirá como sede das partidas da Copa do Mundo em São Paulo, em 2014.  61% dos habitantes da capital são a favor de novo estádio na zona leste. A todos os entrevistados, independente de saberem ou não da construção do estádio, o Datafolha perguntou se eram a favor ou contra a obra. A maioria (61%) disse ser favorável a que o estádio seja erguido, ante 28% que disseram ser contra – uma fatia de 11% não soube responder. Apóiam mais a construção do estádio, proporcionalmente, os mais jovens, de 16 a 24 anos (67%), e aqueles que têm entre 35 e 44 anos (66%) do que os moradores da capital de 25 a 34 anos (57%), 45 a 59 anos (57%) ou mais de 60 anos (52%). Entre as mulheres (15%), a taxa das que não sabem responder se são contra ou a favor o estádio é o dobro do que a verificada entre os homens (7%). O índice dos que não responderam se eram a favor ou contra o estádio atinge 19% na faixa de idade de 45 a 59 anos, ante 7% entre os mais jovens.  Por região da cidade, o maior apoio ao empreendimento corintiano acontece no local que o abrigará: 66% dos moradores da zona leste dizem apoiar a construção do novo estádio, fatia proporcionalmente maior do à verificada na zona oeste e centro (48%, o menor índice). Entre os corintianos, 83% manifestam apoio ao estádio na zona leste, ante 49% dos palmeirenses, 46% dos são-paulinos e 38% dos que declaram não torcer por nenhum time. Posicionam-se contra o estádio, por sua vez, 12% dos torcedores do Corinthians, 43% dos são-paulinos, 43% dos palmeirenses e 33% dos sem-time (29% dessa categoria não souberam se posicionar). 
67% são contra uso de recursos da prefeitura de São Paulo em estádio corintiano. Informados previamente de que a construção do estádio do Corinthians e sua adequação para receber os jogos da Copa serão financiados e subsidiados com dinheiro da Prefeitura de São Paulo, do governo do Estado de São Paulo e do governo federal, os entrevistados foram convidados a se posicionar contra ou a favor o uso de recursos públicos para a nova arena. No caso da injeção de dinheiro da prefeitura, 32% disseram ser favoráveis, e 67%, contra. Fatia similar (35%) disse ser a favor do uso de recursos do governo estadual – nesse caso, 65% são contra. Quanto à utilização de recursos do governo federal, 37% declararam ser a favor, e 62%, contra. De forma geral, os pertencentes às faixas de renda de 25 a 34 anos, 45 a 59 anos ou mais de 60 anos tendem a rechaçar mais, proporcionalmente, o uso de recursos públicos nas obras do estádio, seja a fonte municipal, estadual ou federal. No caso do uso de dinheiro da prefeitura, por exemplo, 74% daqueles com idade entre 25 e 34 anos, 70% de quem tem de 45 a 59 anos e 75% de quem tem mais de 60 anos são contra. Entre os mais jovens, de 16 a 24 anos, e entre aqueles que têm de 35 a 44 anos os índices de contrários ao uso do mesmo tipo de recurso são menores: 60% e 61%, respectivamente. O mesmo acontece com a estratificação da cidade por regiões: nas zonas oeste e centro, o índice dos que se mostram contrários ao uso de recursos públicos é maior, proporcionalmente, do que na zona leste e zona sul. No caso da utilização de recursos do governo estadual, por exemplo, 74%, em média, dos moradores do centro e zona oeste dizem ser contra o estádio corintiano, e 26%, a favor. Nas zonas leste e sul, o índice de contrários é de 62%, e de favoráveis, de 37% e 37%, respectivamente. 
Entre as torcidas, os são-paulinos e palmeirenses são majoritariamente contrários à utilização de recursos públicos, independente da esfera de governo do qual saiam. O uso de recursos do governo federal, por exemplo, é rechaçada por 73% dos torcedores do São Paulo, e por 69% dos que torcem pelo Palmeiras. Entre os corintianos, o apoio não é maciço: são a favor da utilização de dinheiro da prefeitura, por exemplo, 53% dos torcedores do Corinthians, ante 47% que se dizem contrários – empate técnico quando se considera a margem de erro do levantamento. No caso de aplicação de recursos do governo do Estado ou do governo federal, os índices são os mesmos entre os corintianos: 55% são a favor, e 45%, contra.  Metade (53%) dos moradores vê em estádio mais benefícios do que prejuízos para a cidade. Sobre a justificativa das três esferas de governo de que a construção do estádio para abrigar os jogos da Copa mais do que compensaria a utilização de recursos públicos, 53% dos moradores de São Paulo dizem acreditar que a construção do estádio trará mais benefícios do que prejuízos para a cidade, enquanto 47% dizem acreditar que trará mais prejuízos do que benefícios. Moradores de São Paulo que têm de 35 a 44 anos (60%) acreditam mais que a cidade se beneficiará do que os mais velhos, com mais de 60 anos (43%). Entre os aqueles com nível superior, o índice dos que vêem mais benefícios do que prejuízos também é, proporcionalmente, maior (59%) do que entre aqueles com ensino fundamental (50%). Entre os moradores do centro e zona oeste, 55% dizem acreditar que o estádio trará mais prejuízos, ante 44% que dizem ver mais benefícios. Entre os habitantes da zona sul, a tendência se inverte: 57% vêem mais benefícios. Na zona leste, 52% vêem mais benefícios, e 48%, mais prejuízos.  Se o estádio trará mais benefícios do que prejuízos para a população da zona leste de São Paulo, dois de cada três (66%) habitantes da capital acreditam que será mais benéfica. É um índice similar ao daqueles que acreditam que haverá mais benefícios do que prejuízos para a população de Itaquera: 67%. Na zona leste, o índice dos que acreditam que haverá mais benefícios do que prejuízos para a população dessa região é de 60%. Nesse caso, os moradores da zona sul acreditam mais em benefícios para os moradores da zona leste do que os próprios habitantes da zona leste: 72%, ante os 60% mencionados anteriormente. Entre os torcedores do Corinthians, 71% acreditam que o novo estádio do time trará mais benefícios do que prejuízos para São Paulo, o mesmo acontecendo para a zona leste (75%) e para Itaquera (77%). Para os são-paulinos, 45% dizem acreditar que a nova arena do Corinthians trará mais benefícios do que prejuízos para a capital paulista, e 55% dizem acreditar em mais prejuízos. Quanto aos benefícios para a zona leste, 62% dos torcedores do São Paulo acreditam em mais benefícios do que prejuízos, e 38%, mais prejuízos. Os torcedores do Palmeiras seguem tendência similar: 45% vêem mais benefícios do que prejuízos para São Paulo, mas 62% dizem o mesmo quando os benefícios são para a zona leste.  Sediar a abertura da Copa é nada importante para 60%
Para a maioria (60%) dos moradores de São Paulo, a cidade ser sede da partida de abertura da Copa do Mundo é um fator considerado nada importante. Consideram um pouco importante a capital paulista sediar a abertura da Copa 23% dos entrevistados, enquanto 17% avaliam isso como muito importante. Entre os mais velhos, com mais de 60 anos, 29% dizem que a partida de abertura em São Paulo é muito importante, enquanto 42% dizem que é nada importante. Entre os torcedores do Corinthians, o índice dos que consideram nada importante receber a partida inicial da Copa fica acima da média (70%). –
Fonte: Data Folha.

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