terça-feira, 20 de setembro de 2016

EMBRAPA IMPEDIU A ENTRADA DE MAIS DE 70 ESPÉCIES DE PRAGAS AGRÍCOLAS NO BRASIL

Estudo realizado por pesquisadores da Embrapa concluiu que de 1977 até 2013, as ações de quarentena desenvolvidas pela Empresa impediram a entrada de 75 diferentes espécies de pragas agrícolas no Brasil. De 2014 a 2016, mais quatro espécies foram barradas. Todas essas pragas, que incluem insetos, ácaros, nematoides, fungos, vírus e bactérias, possuem um predicado em comum: são exóticas. Isso significa que não existem no País e, por isso, não há formas conhecidas para combatê-las. Para se ter uma ideia, a entrada de apenas uma praga exótica  no início dos anos 2000, a lagarta Helicoverpa armigera, causou danos de cerca de 1,7 bilhão de dólares aos cofres nacionais. Se multiplicarmos esse valor pelo número de pragas interceptadas, é possível estimar que o trabalho de quarentena desenvolvido pela Embrapa poupou centenas de bilhões de dólares à economia do País. O estudo aponta ainda outro dado relevante e inédito: as pragas exóticas retidas não estão relacionadas ao país de origem, mas sim à parte da planta em que são identificadas. Segundo o pesquisador Marcelo Lopes, autor do artigo resultante desse estudo publicado na revista Pesquisa Agropecuária Brasileira (PAB), a incidência de pragas interceptadas em oliveira, lírio, maçã e videira foi 21 vezes maior do que em milho, trigo, arroz e algodão. O que as difere é a forma de importação do material vegetal, já que as quatro primeiras são intercambiadas por propagação vegetativa, ou seja, na forma de mudas e estacas, enquanto as quatro últimas são enviadas por sementes. "O fato de que o milho, o trigo, o arroz e o algodão são as espécies com maior volume de importação – o milho ocupa o primeiro lugar com 755 importações - e, mesmo assim, apresentam baixo índice de contaminação por pragas – de 0,4 a 3% - corrobora a associação entre a contaminação e a parte da planta intercambiada. O importante é que esse levantamento leva à recomendação de que o envio de sementes é uma forma segura de intercâmbio internacional de culturas agrícolas", ressalta o pesquisador. A equipe envolvida no estudo, que inclui, além de Lopes, os pesquisadores Norton Benito, Márcio Sanches, Denise Návia, Vilmar Gonzaga, Marta Mendes, Olinda Martins e Arailde Urben (Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, DF) e Abi Marques e Fernanda Fernandes (Embrapa Quarentena Vegetal, DF), vai repassar essa e outras informações decorrentes do estudo ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) durante o seminário "Ciência & Tecnologia no enfrentamento de ameaças sanitárias à agropecuária brasileira", que será promovido pela Embrapa ainda neste ano – Secom.

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