Periodização do treinamento busca equilíbrio ideal
entre atividade física e rendimento em diferentes fases. Aptidão física, fadiga
e performance são variáveis que influenciam. Os benefícios dos programas
de treinamentotêm sido estudados com o auxílio da ciência desde o século
passado. Na medida em que as exigências físicas das diferentes modalidades
evoluem, a busca pela melhora do rendimento e otimização
da performance se torna quase uma obsessão. O risco que se corre é o
chamado “exagero da dose” com consequente prejuízo do desempenho
pelo excesso de treinamento. Este quadro sempre preocupa, desde o atleta
de elite até o atleta amador, que busca a melhora do desempenho com o
aumento muitas vezes mal programado da carga de treinamento. A área das
ciências do esporte que aborda este tema é a chamada periodização do
treinamento, que, em poucas palavras, busca o equilíbrio ideal entre
treinamento e performance nas diferentes fases de uma temporada. Para termos
uma ideia simplificada deste tema, podemos analisar o gráfico abaixo que
procura exemplificar de forma didática o que se entende por periodização do
treinamento. No gráfico abaixo, são analisadas três
variáveis: aptidão física, fadiga e performance. A aptidão
física representa o quanto os sistemas fisiológicos estão capacitados a
produzir energia, na dependência do tipo de solicitação física. A fadiga
representa o impacto da carga de treinamento nos diferentes indicadores
fisiológicos, e que certamente vai prejudicar o desempenho. A performance é
sempre o resultado da interação entre a aptidão física e a fadiga, e reflete o
resultado prático em termos de desempenho físico. Na FASE 1, temos o
momento do início de uma temporada, no qual as variáveis estão “zeradas”.
Na FASE 2, uma situação na qual a carga de treinamento é intensa, como em
uma pré-temporada, e o resultado é a rápida elevação do índice de fadiga,
com melhora moderada daaptidão física, mas um aumento muito pouco significante
da performance. Na FASE 3, a adaptação à carga de treino diminui o
índice defadiga e melhora ainda mais a aptidão física, resultando em
boa melhora da performance. Na FASE 4, temos a situação ideal.
Com a diminuição da carga de treino, a fadiga cai sensivelmente, e
apesar de existir até uma eventual redução da aptidão física,
aperformance atinge seu pico, proporcionando o melhor desempenho físico.
Esta é a situação que se busca para o melhor resultado durante uma temporada. O
desafio dos atletas amadores e profissionais é adequar ciclos como esse ao
longo de uma temporada para obter vários momentos de pico de desempenho. –
Secom (globoesporte.globo.com)
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