quarta-feira, 17 de abril de 2013

POLÍCIA CIVIL PRENDE MÃE E PADRASTO PELA MORTE DE MENINO EM TANGARÁ DA SERRA


A Polícia Judiciária Civil prendeu mãe e o padrasto do menino de dois anos, encontrado morto em um canavial, no município de Tangará da Serra (239 km a Médio-Norte), no dia 19 de março deste ano. O casal, Rosana de Oliveira Golart, 18 anos, e Paulo Edson da Silva, 43, é investigado no inquérito policial, presidido pela delegada Liliane Diogo, como suspeitos do homicídio da criança. Os dois foram presos na manhã desta quarta-feira (17.05), em cumprimento de mandado de prisão temporária (30 dias), e levados à Delegacia da Polícia Civil de Tangará da Serra, para interrogatório. Eles vão responder por homicídio qualificado praticado meio cruel e estupro de vulnerável. As investigações da Polícia Civil apontam o casal como o principal responsável pela morte do menino, Pablo Henrique de Oliveira, de dois anos, que faleceu em decorrência de choque hipovolêmico, conforme laudo pericial do Instituto de Medicina Legal (IML). O laudo também confirma que a criança sofreu lesão corporal provocada por instrumento contundente e foi vítima de violência sexual. Depois, o menino foi deixado ainda com vida no canavial, próximos a cães. Para a perícia, o garoto morreu aos poucos, devido aos sangramentos dos ferimentos no corpo. A delegada Liliane Diogo informou que nas investigações a Polícia Civil acompanhou a rotina da família e descobriu que logo após o enterro no menino, a mãe Rosana de Oliveira, foi até uma região do canavial na companhia do filho de seis anos e lá falou ao menino que o irmãozinho teria morrido ali. Em conversa, com a criança contou aos policiais que teria tido a mãe. “Esse primeiro local fica a 450 metros da casa. Mas o corpo foi encontrado a 2.200 metros de distância da residência”, afirma à delegada. Acompanhados do perito técnico Elisbão Vitor, a polícia foi durante a noite até o local e com uso de luminol confirmou a presença de sangue humano no chão. Outro ponto da investigação, que leva o casal a autoria do crime, foi à presença de sangue, também humano, em cinzas encontradas em um buraco, do lado de fora da casa da família. No buraco feito no chão, a pericia confirmou sangue em cinzas de tecido e em uma espécie de lona azul, do tipo usada para cobrir piscina. “Não estavam enterrados. Numa parte da lona que não foi queimada encontramos sangue”, disse. A delegada informou ainda que nas roupas usadas, tanto pela mãe quanto pelo padrasto, no dia do desaparecimento da criança, foram encontrados sangue.  “Agora está em laboratório para analisar se esse sangue é do menino. São três indícios que levam ao casal. Isso está em pericia para confrontar com o DNA do menino”, destacou a delegada.   O corpo do menino, Pablo Henrique de Oliveira, foi encontrado no dia 19 de março, em um canavial, a cerca de 2 quilômetros do sítio onde morava com mãe, o padrasto e um irmão de 6 anos. O menino apresentava lesões na região anal e também no corpo. Amostra de material encontrado no ânus da criança foi colhido e encaminhado à perícia que, inicialmente, constatou que não havia presença de espermatozoide. A amostra foi encaminhada ao Laboratório Forense, em Cuiabá, que ainda analisa o material. As investigações iniciaram no dia 18 de março, com o registro do desaparecimento do menino feito pela mãe, que procurou a delegacia e contou que por volta das 10h30 deu falta do filho. A mãe disse que procurou pela vizinhança e depois reuniu amigos da comunidade para ajudar nas buscas a criança, com ajuda com Corpo de Bombeiros e de policiais civis, designados pela delegada Liliane Diogo, até o sítio na zona rural de Tangará da Serra. A mãe já tinha histórico de violência cometida contra o filho. Em 22 de agosto de 2011, o padrasto do menino registrou boletim de ocorrência denunciando mãe por ter arremessado o filho durante uma discussão do casal. Na ocasião, o menino sofreu uma lesão na cabeça e foi encaminhado para uma casa transitória, em Tangará da Serra, onde permaneceu por cerca de três meses. Em audiência no dia 29 de novembro de 2011, a Justiça autorizou o retorno da criança à família. – Luciene Oliveira - Ascom

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