Considerado
um dos criminosos mais habilidosos, o assaltante de bancos, Lindomar Alves de
Almeida, 32 anos, foi interrogado na semana passada pela Gerência de Combate ao
Crime Organizado (GCCO), da Polícia Judiciária Civil. Capturado no dia 31 de
novembro de 2012, no município de Feira de Santana (BA), Lindomar Alves de
Almeida, conhecido por “Nenezão”, foi inquirido pelo delegado Flávio Henrique
Stringueta e sua equipe, que retornaram neste fim de semana do interior do
estado da Bahia. O criminoso é líder de uma poderosa organização criminosa que
atua no Estado de Mato Grosso em assaltos a bancos e carros-fortes. Mesmo
preso, segundo investigações do GCCO, ele continua articulado. De acordo com
informações da Delegacia de Roubos a Bancos da Bahia, no dia 31 de março
passado, Lindomar Alves de Almeida tentou fuga do Complexo Penitenciário da
"Mata Escura", em Salvador, na Bahia, nos mesmos moldes da fuga em
massa da Penitenciária Central do Estado, ocorrida no dia 20 de agosto de 2012.
Criminosos armados com fuzis e com apoio de veículos tentaram explodir o muro
do presídio baiano. O assaltante Lindomar já tinha serrado a grade de sua cela
e se preparava para fugir quando houve
reação da polícia baiana, que mesmo com a
explosão do muro de contenção, acabou frustrando o plano de fuga. Depois
da tentativa, Lindomar foi transferido para outra Penitenciaria de Segurança
Máxima e atualmente está recolhido em uma unidade no interior da Bahia. Ele
deve ser removido para um presídio federal. Um dos pontos do interrogatório
esteve voltado ao armamento de grosso calibre usado pela quadrilha nos roubos a
bancos, na modalidade “Novo Cangaço”, e assalto a carro-forte. A Gerência de
Combate ao Crime Organizado investiga a origem das armas, como a metralhadora
antiaérea calibre ponto 50, usada no final do ano passado em dois assaltos a
carro-forte da empresa Brinks. “Esperamos localizar dessa arma devido o alto
poder de fogo, capaz de derrubar uma aeronave”, disse o delegado Flávio
Stringueta. Com capacidade de alcance de 1.500 metros, o armamento bélico que
efetua 600 tiros por minuto está avaliado em R$ 230 mil. A metralhadora é a
menina dos olhos das quadrilhas de
roubos a banco e carro-forte e aparece em vários dos assaltos a instituições
financeira investigados pelo GCCO. Capsulas da metralhadora com imenso poder
destrutivo foram apreendidas durante os assaltos a carro-forte, ocorridos o ano
passado em Mato Grosso. “Foi com essa arma que a quadrilha de Lindomar parou o
carro-forte da Brinks de Transporte de Valores, em setembro de 2012, quando
tiros foram disparados pela quadrilha que atingiram o blindado afastando
qualquer possibilidade de reação por parte dos vigilantes”, disse o
delegado. Apontado em mais de 20 roubos
a bancos no Estado de Mato Grosso, Lindomar Alves de Almeida, 31 anos,
conhecido por “Nenezão”, foi preso no dia 31 de novembro de 2012, em um quarto
de hotel, no município de Feira de Santana, na Bahia, em ação conjunta da
Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso com a Polícia Civil baiana, na operação
denominada “Lampião”. Ele era procurado por várias polícias civis brasileiras
e pela Polícia Federal. O criminoso
também conhecido pelos nomes de Bruno da Silva Malta e Sival Alves da Silva,
vinha há mais de 10 anos articulando e executando roubos a banco em Mato
Grosso. Ele fazia uso de vários nomes fictícios, possuía diversas identidades
falsas, o que dificultava sua
localização e prisão. Sua quadrilha contava com vários integrantes cangaceiros,
oriundos a maioria do nordeste brasileiro, que agia em roubos a bancos e
carro-forte nos estados da Bahia, Ceará Pará, Pernambuco, Mato Grosso e outros
estados da federação. Luciene Oliveira - Ascom
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