quinta-feira, 18 de abril de 2013

LARANJA DA CUTRALE INVADE AS PRATELEIRAS DOS SUPERMERCADOS

 Antes de chegarem às prateleiras dos supermercados de 13 estados do País, laranjas passam por rigoroso processo de seleção
Após trabalhar 20 anos como safrista, Vera de Oliveira, 42, conquistou a carteira assinada graças ao mercado nacional

Empresa aposta no mercado nacional para driblar oscilação da demanda pelo fruto in natura, gerada por países europeus. Antes destinada somente à exportação, a laranja produzida e beneficiada pela Cutrale chega às prateleiras dos supermercados de 13 estados brasileiros, incluindo São Paulo. Cerca de R$ 4 milhões foram investidos na construção de uma nova linha de produção, de acordo com informações da empresa. A iniciativa, segundo o gerente de Operações da multinacional, Gustavo Campanelli, visa driblar a oscilação da demanda pelo fruto in natura, gerada pela Europa. “A Cutrale quer voltar às suas origens, pois iniciou suas atividades comercializando a laranja para o mercado interno”, explica Carlos Otero de Oliveira, diretor de Relações Trabalhistas. Cerca de 10 mil caixas —com 15 quilos — de laranja são embaladas por dia para atender somente a procura nacional pelo fruto. De acordo com Campanelli, a fruta que vai às prateleiras passa por um rigoroso controle de qualidade. “Essas frutas passam por cinco etapas de seleção. Temos, inclusive, um equipamento importado da Espanha que tira 40 fotos da mesma laranja”, explica Otero. Para atender os pedidos vindos do exterior, a Cutrale conta com uma equipe de aproximadamente 600 pessoas, que trabalha apenas cinco meses por ano, em regime de safra. “Agora, contratamos 80 funcionários que atuam o ano todo, a fim de suprir a demanda nacional”, diz Campanelli. A embaladeira Vera Lúcia Silva de Oliveira, de 42 anos, trabalhou como safrista durante 20 anos até conseguir registro definitivo em sua carteira de trabalho. “Fiquei muito feliz, porque me deu mais segurança no dia a dia. Venho para cá alegre só de saber que não precisarei mais procurar emprego após o término da safra”, comemora Vera.  Para o consultor empresarial Carlos Macknamara, as grandes corporações mudaram o foco de seus negócios para suprir a demanda do mercado nacional que, segundo ele, está cada vez mais aquecido, principalmente com a abertura de postos de trabalho e com o crescimento da classe média no País.  “Na última década, mais de 39 milhões de pessoas entraram na classe média, sendo que somente nos últimos 21 meses, 13 milhões de brasileiros chegaram a esse estrato social. Esses fatores transformam, por exemplo, um gasto antes tido como obsoleto em algo necessário. Quem tem mais poder aquisitivo, vai deixar de adquirir a laranja das bancas e passar a consumir esse produto tipo exportação.” – Araraquara.com

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