quarta-feira, 17 de abril de 2013

CANAIS DIGITAIS LIDERAM TRANSAÇÕES BANCÁRIAS

Com 42% no total de operações, internet e mobile banking superam agências, ATMs e contact centers, aponta Pesquisa FEBRABAN de Tecnologia Bancária. Em 2012, pela primeira vez o uso de meios digitais para transações bancárias superou o de canais tradicionais, informa a edição de 2013 da Pesquisa FEBRABAN de Tecnologia Bancária, divulgada nesta quarta-feira (17). Internet banking e mobile banking responderam por 42% das operações feitas pelos clientes, um ponto percentual acima da movimentação de agências, caixas eletrônicos (ATMs, na sigla em inglês) e contact centers. “Os dados apontam uma maior relevância do mundo virtual em relação ao mundo físico”, observa Luis Antonio Rodrigues, diretor setorial de Tecnologia e Automação Bancária da Federação Brasileira de Bancos – FEBRABAN. Nesse contexto, o mobile banking, embora seja uma ferramenta recente, ganha cada vez mais espaço. “O mobile banking continua crescendo exponencialmente, alavancado, principalmente, pelas transações sem movimentação financeira”, acrescenta Rodrigues. A participação do mobile banking no total de transações saiu de praticamente zero em 2008 (0,04%) para 2,3% em 2012. No período de um ano, de 2011 para 2012, o crescimento foi de 333%. “Em 2016 ou 2017, mobile banking e internet banking estarão no mesmo patamar”, prevê Gustavo Roxo, sócio da Booz & Company para a América do Sul, consultoria que produziu a pesquisa em conjunto com a FEBRABAN. A aposta no celular como alavanca da expansão do volume de transações bancárias se dá por algumas razões, entre as quais estão a alta disponibilidade dos serviços prestados pelas plataformas móveis (consultas a extratos podem ser feitas em qualquer momento, por exemplo) e o comportamento do consumidor brasileiro. O número de contas com mobile banking no Brasil chegou a 6 milhões em 2012, e o de smartphones em uso, a 52,5 milhões. A difusão dos canais digitais fica mais evidente ainda quando se observa a expansão da rede agências bancárias, entre 2008 a 2012. Nesse período, a quantidade total de agências em funcionamento variou de 57,6 mil a 65 mil, com taxa média de crescimento anual ao redor de 2%. “Podemos concluir que as agências se tornarão, no futuro, centros de relacionamento com os clientes, dedicadas a operações com mau grau de complexidade”. Para dar conta dessas transformações em curso, são necessários investimentos maciços e crescentes em tecnologia. Não por acaso, em 2012, os gastos dos bancos em recursos tecnológicos alcançaram o recorde de R$ 21,1 bilhões, entre despesas e investimentos. O montante é 9,5% maior ao gasto em 2011, quando o aumento foi de 8% (em relação a 2010). Sobre a Pesquisa FEBRABAN de Tecnologia Bancária - A Pesquisa FEBRABAN de Tecnologia Bancária é realizada há 21 anos, com o propósito de mostrar aos diferentes públicos a evolução da indústria bancária nacional, em especial, nas questões relacionadas a tecnologia. A edição de 2013 contou com a participação das 16 principais instituições bancárias que operam no Brasil, que correspondem a 93% do setor. - Secom

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