Com
42% no total de operações, internet e mobile banking superam agências, ATMs e
contact centers, aponta Pesquisa FEBRABAN de Tecnologia Bancária. Em 2012, pela
primeira vez o uso de meios digitais para transações bancárias superou o de
canais tradicionais, informa a edição de 2013 da Pesquisa FEBRABAN de
Tecnologia Bancária, divulgada nesta quarta-feira (17). Internet banking e
mobile banking responderam por 42% das operações feitas pelos clientes, um
ponto percentual acima da movimentação de agências, caixas eletrônicos (ATMs,
na sigla em inglês) e contact centers. “Os dados apontam uma maior relevância
do mundo virtual em relação ao mundo físico”, observa Luis Antonio Rodrigues,
diretor setorial de Tecnologia e Automação Bancária da Federação Brasileira de
Bancos – FEBRABAN. Nesse contexto, o mobile banking, embora seja uma ferramenta
recente, ganha cada vez mais espaço. “O mobile banking continua crescendo
exponencialmente, alavancado, principalmente, pelas transações sem movimentação
financeira”, acrescenta Rodrigues. A participação do mobile banking no total de
transações saiu de praticamente zero em 2008 (0,04%) para 2,3% em 2012. No
período de um ano, de 2011 para 2012, o crescimento foi de 333%. “Em 2016 ou
2017, mobile banking e internet banking estarão no mesmo patamar”, prevê
Gustavo Roxo, sócio da Booz & Company para a América do Sul, consultoria
que produziu a pesquisa em conjunto com a FEBRABAN. A aposta no celular como
alavanca da expansão do volume de transações bancárias se dá por algumas
razões, entre as quais estão a alta disponibilidade dos serviços prestados
pelas plataformas móveis (consultas a extratos podem ser feitas em qualquer
momento, por exemplo) e o comportamento do consumidor brasileiro. O número de
contas com mobile banking no Brasil chegou a 6 milhões em 2012, e o de smartphones
em uso, a 52,5 milhões. A difusão dos canais digitais fica mais evidente ainda
quando se observa a expansão da rede agências bancárias, entre 2008 a 2012.
Nesse período, a quantidade total de agências em funcionamento variou de 57,6
mil a 65 mil, com taxa média de crescimento anual ao redor de 2%. “Podemos
concluir que as agências se tornarão, no futuro, centros de relacionamento com
os clientes, dedicadas a operações com mau grau de complexidade”. Para dar
conta dessas transformações em curso, são necessários investimentos maciços e
crescentes em tecnologia. Não por acaso, em 2012, os gastos dos bancos em
recursos tecnológicos alcançaram o recorde de R$ 21,1 bilhões, entre despesas e
investimentos. O montante é 9,5% maior ao gasto em 2011, quando o aumento foi
de 8% (em relação a 2010). Sobre a Pesquisa FEBRABAN de Tecnologia Bancária - A
Pesquisa FEBRABAN de Tecnologia Bancária é realizada há 21 anos, com o
propósito de mostrar aos diferentes públicos a evolução da indústria bancária
nacional, em especial, nas questões relacionadas a tecnologia. A edição de 2013
contou com a participação das 16 principais instituições bancárias que operam
no Brasil, que correspondem a 93% do setor. - Secom
Nenhum comentário:
Postar um comentário